Édipo Rei – Exercícios e questões (paradidático)

1- Associe as personagens às suas características ou aos fatos a elas relacionados.

(A) Édipo         (B) Jocasta      (C) Tirésias
(D) Laio           (E) Poliníces    (F) Antígona

(     ) Tomou o trono de Tebas quando Édipo foi exilado da cidade.
(     ) Verdadeiro pai de Édipo. Foi assassinado pelo próprio filho numa encruzilhada.
(     ) Filha de Édipo e Jocasta, acompanhou o pai no exílio.
(     ) Era cego e tinha o poder da adivinhação. Era servo do deus Febo-Apolo.
(     ) Rainha de Tebas, era mãe e esposa de Édipo.
(     ) Decifrou o enigma da Esfinge e tornou-se rei de Tebas.


2- A história de Édipo mostra que o homem desconhece o verdadeiro sentido de suas ações.

A) O verdadeiro pai de Édipo, tentando impedir o cumprimento do oráculo, comete um ato que desencadeia uma sucessão de fatos que garantirão a concretização da profecia. Que ato foi esse? Quais as suas consequências?
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B) Ao fugir da casa de seus pais adotivos, Édipo tentou evitar o cumprimento do oráculo e acabou encontrando mais depressa seu destino. Como isso aconteceu?
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C) Laio e Édipo têm em comum o desejo de fugir ao cumprimento de uma predição de Delfos, mas algo muito importante distingue suas motivações. Aponte essa diferença.
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3- Marque a alternativa correta em relação à tragédia de Sófocles.

(A) Édipo se tornou o responsável involuntário pela morte de seus progenitores.
(B) Édipo se tornou um grande herói de Tebas, sendo perdoado por todos.
(C) Édipo foi bastante ingrato com seus pais adotivos.
(D) Édipo, mesmo perdendo a razão, consegue decifrar o enigma da Esfinge.
(E) Édipo, apesar de purgar os seus delitos, tem uma vida atribulada e confusa para sempre.


4- Ainda sobre Édipo Rei, assinale a alternativa INCORRETA.

(A) A obra pode encerrar uma moral: há que se conhecer a si mesmo para não cometer erros.
(B)  A obra narra o apogeu e a queda de Édipo.
(C) A obra pode apontar para as questões do destino humano que não pode ser mudado.
(D) A obra frisa a impunidade das ações humanas.
(E) A obra destaca a questão da culpa e da punição.


5- Nos textos de Sófocles, há uma separação entre a noção de tempo dos deuses e a dos homens, porém o tempo dos deuses presta conta do tempo dos homens. Em Édipo rei, é possível perceber como ocorre a inclusão do tempo humano no tempo divino, uma vez que no início da peça, sem que ninguém ainda saiba, tudo já aconteceu.

“Tempo dos deuses e tempo dos homens se encontram quando a verdade vem à tona. Após ter-se cegado, Édipo pode dizer: ‘Apolo, meus amigos! Sim, é Apolo que me inflige, nessa hora, essas atrozes, essas atrozes desgraças que são meu fardo, meu fardo daqui em diante. Mas nenhuma outra mão além da minha agiu, infeliz’. A oposição dessas duas categorias temporais é, em si, muito mais antiga que os trágicos, mas o palco trágico é precisamente o lugar onde os dois tempos, inicialmente disjuntos, se encontram”. (VERNANT, Jean-Pierre; NAQUET, Pierre Vidal. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Perspectiva, 1999, p. 278.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de tempo de Sófocles, é correto afirmar:

(A) A noção de tempo praticado no horizonte cultural de cada povo independe do tempo dos deuses.
(B) A compreensão do tempo na tragédia está relacionada com o desenrolar dos acontecimentos humanos que se vinculam à eternidade.
(C) A punição pelas transgressões excluía o tempo compreendido como eternidade.
(D) O tempo é suprimido das consequências advindas das ações dos personagens e das determinações do destino.
(E) A imortalidade é uma das características partilhadas por homens e deuses como decorrência do encontro entre tempo divino e humano.


6- (ENEM 2010 – Adaptada) No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é:

(A) Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo. (Jean Paul Sartre)
(B) Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser. (Santo Agostinho)
(C) Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte. (Arthur Schopenhauer)
(D) Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo. (Michel Foucault)
(E) O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança. (Friedrich Nietzsche)


7-  A peça Édipo-Rei de Sófocles permite diversas interpretações. Talvez a mais famosa seja a de Freud, que propõe o desenrolar dramático da peça – a descoberta pelo filho de que assassinara seu pai e casara com a mãe – como a realização do desejo inconsciente comum a quase todos os homens. Como afirma Jocasta a Édipo na peça: “Não tenhas medo da cama da tua mãe: quantas vezes em sonho um homem dorme com a mãe! É bem mais fácil a vida para quem dessas coisas não cogita.” Há uma segunda leitura, provavelmente menos sutil, que resgata Édipo-Rei como uma das primeiras histórias de mistério conhecidas. Trata-se de um drama policial em que o responsável pela identificação do culpado de um assassinato descobre ser ele mesmo o assassino. (Marcos de Barros Lisboa. Um país de pobres. In: Valor, cadermo Eu&Fim de Semana, 1-3/2/2002, p. 10 (com adaptações).)

Com o auxílio do texto acima, julgue os itens que se seguem.

(       ) Tragédia e comédia eram os gêneros básicos do teatro grego, uma das grandes criações culturais da civilização helênica. Sófocles, o autor de Édipo-Rei, entre outras peças marcantes, é considerado o maior tragediógrafo grego.
(       ) O surgimento do teatro ocidental na Grécia antiga integra um contexto cultural tão amplo quanto expressivo, em que o antropocentrismo comanda as mais diversas formas de expressão cultural, daí decorrendo o desenvolvimento da Filosofia, da História e das técnicas da arquitetura e da escultura.
(      ) Citado no texto como autor da “talvez mais famosa” interpretação de Édipo-Rei, Sigmund Freud é figura central da História contemporânea: seu livro A interpretação dos Sonhos inaugura um inovador caminho de análise do ser humano, a partir da valorização do inconsciente.
(      ) O “drama policial” de que fala o texto é um gênero literário que encontrou as melhores condições para se desenvolver com as mudanças verificadas na sociedade contemporânea a partir da Revolução Industrial e a acentuada urbanização dela decorrente.


8- A Esfinge, monstro alado com corpo de leão e tronco e cabeça de mulher, aguardava os viandantes à entrada de Tebas para lhes propor algum enigma de difícil resolução, devorando aqueles que não davam a resposta correta. Quando Édipo se dirigia a Tebas, o monstro lhe fez a seguinte pergunta: “Qual é o animal que pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia dois e à tarde três?” Édipo respondeu: “É o homem, que quando criança engatinha, quando adulto anda sobre duas pernas e na velhice apoia-se em uma bengala.” Furiosa, a Esfinge atirou-se de um rochedo, livrando Tebas de sua presença.

Esse episódio faz da tragédia Édipo Rei, de Sófocles, e pode ser entendido como

(A) um exemplo de valorização do mito e do fantástico que influenciaria, no cristianismo medieval, as narrativas sobre os milagres realizados pelos santos.
(B) uma manifestação do racionalismo greco-romano que, a partir da Renascença, influenciaria as grandes vertentes do pensamento ocidental.
(C) uma criação original da literatura romana, cuja temática mitológica influenciaria fortemente a produção cultural da Grécia Clássica.
(D) um paradigma da literatura medieval, que enfatizava a bravura dos heróis de cavalaria no enfrentamento de monstros ligados às forças do Mal.
(E) uma produção grega influenciada pelo antropozoomorfismo egípcio, denotando o sincretismo presente na cultura helenística.


9- O coro e o corifeu aparecem em vários trechos da história. Explique a função deles na citação abaixo:

Deus todo-poderoso, se mereces
teu santo nome, soberano Zeus,
demonstra que em tua glória imortal
não és indiferente a tudo isso!                         1075
Desprezam os oráculos ditados
a Laio, como se nada valessem;
Apolo agora não é adorado
com o esplendor antigo em parte alguma;
a reverência aos deuses já se extingue.              1080

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10 – Segundo a mitologia grega, a Esfinge era um monstro com cabeça e seios de mulher, patas e cauda de leão e dotado de asas. Propunha enigmas aos viajantes nos arredores de Tebas e devorava aqueles que não conseguiam decifrá-los. Por isso a Esfinge representa, hoje, o enigma, o mistério das coisas. Em sua opinião, quais são os maiores enigmas enfrentados pelo mundo contemporâneo.

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11 – Aristóteles criou o conceito de catarse. Concluiu que o espetáculo trágico para realizar-se como obra de arte deveria sempre provocar a katarsis. Transcreva com suas palavras a parte do texto que provocou em você a catarse. Justifique esse termo com fragmentos da obra lida e analisada.

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12- As peripécias dentro da tragédia, correspondem ao enredo da própria história, ou seja, são as reviravoltas que a história dá até que e descubra a “falta”(culpa) ou alguma aspecto físico que venha a desvendar um outro segredo.  Como pudemos saber essas duas coisas tendo em vista o nosso herói?

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13- Leia a definição que segue e responda a questão:

Ethos, na Sociologia, é uma espécie de síntese dos costumes de um povo. O termo indica quais os traços característicos de um grupo humano qualquer que o diferenciam de outros grupos sob os pontos de vista social e cultural. Portanto, trata-se da identidade social de um grupo. Ethos significa o modo de ser, o caráter. Isso indica o comportamento do ser humano e originou a palavra ética.

O centro do espetáculo teatral gira em torno do destino infeliz do herói, tema comum a maior parte das narrativas e das sagas antigas. Comente sobre o nosso herói Édipo rei tendo como base o ETHOS dele.

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Eurípides – Teatro completo (DOWNLOAD)

Eurípides (gr. Εὐριπίδης) é o terceiro dos maiores tragediógrafos gregos, organizados assim não por seu grau de importâncias, mas assim situados cronologicamente. Sendo o terceiro e mais jovem dos três grandes expoentes da tragédia ática, possui as obras que mais agradam ao gosto moderno.

Por mais que este autor não tenha sido muito apreciado pelo público da Atenas Clássica (V séc. a.C.), muitas cópias de suas obras forma feitas (18 tragédias e um drama satírico) que foram encenadas mormente no Período Helenístico e Greco-Romano.


BIOGRAFIA
(fonte: Graecia Antiqua)

À parte inúmeras lendas e anedotas, sabe-se efetivamente pouca coisa a respeito da vida do poeta. Seu pai se chamava Mnesárquides, sua família era abastada e viveu a maior parte de sua vida em Atenas. Nasceu por volta de -485, no demo dos Flieus, da tribo Cecrópida, e morreu em -406, certamente na própria Atenas. O relato tradicional de que ele teria se transferido para Pela, capital da Macedônia, pouco depois de -408 e morrido lá, é apenas uma invenção dos biógrafos antigos (Scullion, 2003; Ribeiro Jr., 2007).

Sua primeira tragédia, As Pelíades, foi apresentada mais ou menos em -455 e, nos cinquenta anos seguintes, compôs pouco mais de noventa peças, das quais conhecemos integralmente apenas dezessete tragédias e um drama satírico. Recebeu o primeiro prêmio nos concursos trágicos de Atenas apenas cinco vezes, o último deles postumamente.

Consta que também compôs elegias e poemas líricos, dos quais restam apenas fragmentos insignificantes.


OBRAS PARA DOWNLOAD

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PARA UMA INTRODUÇÃO ÀS TRAGÉDIAS GREGAS:

* LESKY, Albin – Tragedia Grega


PRINCIPAIS PEÇAS REMANESCENTES:

  1. ALCESTE (438 a.C., segundo prêmio):  é, a um tempo, o mais antigo drama de Eurípides que sobreviveu e o único anterior à Guerra do Peloponeso. A distância entre Alceste e As filhas de Pélias, sua primeira tragédia, é de quase 20 anos; trata-se da obra de um poeta experiente e maduro.
    Download: Tradução de Mário da Gama Kury.


  2. MEDEIA (431 a.C., terceiro prêmio): Eurípides nos transmitiu, nesse drama, um dos mais interessantes e mais emocionantes retratos das forças antagônicas que governam a alma humana. Medeia, a personagem principal, luta com todas as forças e todas as armas contra as adversidades que a acometem.
    * Download 1: Tradução de Mário da Gama Kury.
    * Donwload 2: Tradução de Trajano Vieira (bilingue)


  3. OS HERÁCLIDAS (430 a.C.): Os filhos de Héracles são perseguidos por Euristeu, rei de Argos, após a morte do herói. Acompanhados de Iolau, antigo companheiro de Héracles, e de Alcmena, sua avó, os jovens pedem ajuda a Demofonte, filho de Teseu e rei de Atenas. Graças ao sacrifício voluntário de Macária, uma das filhas de Héracles, os atenienses vencem o exército de Euristeu, que é capturado e morto.
    * Download: Tradução lusitana de Claúdia Raquel Cravo da Silva.


  4.  HIPÓLITO (428 a.C., primeiro prêmio): Fedra, esposa de Teseu, apaixona-se por Hipólito, seu enteado, jovem casto e dedicado à caça, devoto de Ártemis. Ao ser informado por uma serva do amor que lhe dedica a madrasta, Hipólito a repele com veemência e Fedra se suicida, deixando mensagem a Teseu que acusa falsamente Hipólito.
    * Download 1: Tese e tradução de Fernando Crespim Zorrer da Silva.
    * Donwload 2: Tradução portuguesa.


  5.  ANDRÔMACA (425 a.C.): Andrômaca, após a queda de Troia, foi escravizada e se tornou concubina de Neoptólemo, filho de Aquiles, que viajou para o Santuário de Delfos. Hermíone, sua esposa, ajudada por Menelau, maquina a morte da rival, pois ela foi capaz de dar um filho ao marido.
    * Download 1: Versão Oficina do Teatro
    * Download 2: Versão em Espanhol de José L. Navarro Gonzáles.


  6. HÉCUBA (424 a.C.): Após a queda de Troia, os navios gregos chegam à Trácia. No acampamento a ex-rainha Hécuba vê sua filha Polixena ser sacrificada em honra de Aquiles, já morto, e logo depois se depara com o cadáver de seu filho Polidoro, a quem julgava em segurança no palácio de Polimestor, seu genro.
    * Download: Tradução para o Espanhol (bilíngue)


  7.  AS SUPLICANTES (423 a.C.): Creonte, rei de Tebas, recusa-se a entregar os corpos dos cinco chefes argivos que morreram tentando conquistar Tebas. Adrasto, o único sobrevivente, e as mães e os filhos dos heróis mortos vêm a Atenas pedir a ajuda de Teseu.
    * Download: Dissertação e tradução de Vanessa Silva Almeida


  8. ELECTRA (420 a.C.): Electra é a versão euripidiana da vingança final de Orestes, filho de Agamêmnon, rei de Micenas, contra os assassinos seu pai: a própria mãe, Clitemnestra, e Egisto.
    * Download: Dissertação e tradução de Karen Amaral Sacconi


  9.  HÉRACLES (416 a.C.): Durante a ausência de Héracles, então envolvido com o décimo segundo trabalho, um usurpador mata o rei de Tebas, sogro do herói, e está a ponto de matar também seus filhos, seu pai terreno e sua esposa quando Héracles retorna e salva a situação.
    * Donwload: Tradução em Espanhol (bilíngue)


  10. AS TROIANAS (415 a.C., segundo prêmio): Após a queda de Troia, as mulheres são escravizadas e aguardam o embarque para os novos lares. Taltíbio, o arauto, anuncia à desesperada Hécuba que Polixena, sua filha, será sacrificada, e que seu neto Astiánax será morto; posteriormente, o corpo de Astiánax é entregue a Hécuba e a Andrômaca. Helena, mantida entre as cativas troianas, tenta se reconciliar com Menelau enquanto espera o embarque, a despeito dos esforços de Hécuba.
    * Download: Tradução de Mário da Gama Kury.


  11.  IFIGÊNIA EM TÁURIS (c. 414 a.C.): Salva por Ártemis em Áulis, quando ia ser sacrificada, Ifigênia tornou-se sacerdotiza da deusa em Táuris, onde os gregos que lá naufragavam eram sacrificados à deusa. Orestes, ainda perseguido pelas Erínias, chega à região em companhia de seu primo e amigo Pílades, para tentar levar para a Ática uma antiga estátua da deusa, conservada no templo de Ártemis. Presos e levados à sacerdotiza, Ifigênia reconhece o irmão a tempo e ambos planejam então a fuga.
    * Download: Tradução portuguesa de Nuno Simões Rodrigues
    * Download: Tradução de Jaa Torrano.


  12.  ÍON (c. 413 a.C.): Íon, assim como outros dramas euripidianos tardios, tem final feliz e suas afinidades com a comédia são consideráveis. O tema da criança abandonada e posteriormente reencontrada pelos pais em um momento crítico, por exemplo, iria ser exaustivamente explorada pela Comédia Nova.
    * Download: Tradução em Espanhol (Bilíngue)


  13.  HELENA (412 a.C.): Quando Páris foi buscar Helena em Esparta, antes da Guerra de Troia, Zeus deixou-lhe uma imagem de Helena e transportou a verdadeira esposa de Menelau para o Egito onde, agora, o rei Teoclímeno quer desposá-la. Teucro encontra Helena e lhe fala do término da guerra.
    * Download: Tradução de Clara Lacerda Crepaldi.


  14.  AS FENÍCIAS (c. 410 a.C., segundo prêmio): Etéocles, rei de Tebas, recusa-se a entregar o cetro ao irmão Polinices, conforme o combinado, e Polinices se prepara para atacar Tebas à frente de um exército argivo. Jocasta consegue fazer os irmãos conversarem, mas em vão. Tirésias prediz que Tebas vencerá somente se Meneceu, filho de Creonte, se sacrificar, e o jovem se mata à revelia do pai.
    * Download 1: Tradução de Evandro Luis Salvador.
    * Download 2: Tradução de Jaa Torrano.


  15.  ORESTES (408 a.C.): Electra e Orestes, que adoeceu depois de matar Egisto e Clitemnestra, mãe de ambos, é condenado à morte pelos argivos por instigação de Tíndaro. Menelau não quis ou não foi capaz de ajudar o sobrinho; em desespero, Orestes, Electra e Pílades decidem matar Helena e, tomando Hermíone como refém, ameaçam incendiar o palácio de Argos.
    * Download: Tradução em Inglês (bilíngue) – Loeb Classical Library


  16. AS BACANTES (405 a.C., póstuma): Dioniso chega a Tebas, terra de sua mãe, para ali implantar seu culto. Cadmo e Tirésias estão a favor, mas o rei Penteu é contra. Dioniso induz um delírio nas mulheres da cidade, inclusive sua tia Agave e as irmãs, que partem para o monte Cíteron juntamente com as mênades.
    * Download: Tradução de Mário da Gama Kury


  17.  IFIGÊNIA EM AULIS (405 a.C., póstuma): A tragédia se baseia em um dos episódios do Ciclo Troiano. Agamêmnon, rei de Micenas (ou Argos), comandante das forças gregas que se preparam para atacar Troia, é compelido a sacrificar sua filha Ifigênia para que a deusa Ártemis cesse a longa calmaria que impede o embarque dos gregos. A inesperada chegada de Clitemnestra em companhia da filha e a intervenção de Aquiles, alheio à trama, complicam seus planos.
    * Download: Tradução de Carlos Alberto Pais.


  18.  O CÍCLOPE (408 a.C., drama satírico): Odisseu e seus companheiros chegam à ilha de Polifemo e encontram Sileno e o coro de sátiros, escravizados pelo ciclope. O ogre acusa injustamente os gregos de tentar roubar seu carneiros, prende-os na caverna e devora dois deles. O astuto Odisseu consegue embebedar o monstro, cegá-lo, fugir da gruta e escapar juntamente com os companheiros, Sileno e os sátiros.
    * Download: Dissertação e tradução de Guilherme de Faria Rodrigues.


  19.  RESO (350 a.C.): Esta tragédia, de acordo com a maior parte dos eruditos modernos, não é de Eurípides, e sim de um tragediógrafo anônimo do século IV a.C.
    * Download: Tradução de Jaa Torrano.

Fonte: RIBEIRO JR., W.A. Eurípides. Portal Graecia Antiqua, São Carlos. URL: greciantiga.org

Ésquilo – Teatro completo (DOWNLOAD)

esquilo

A sabedoria é filha da dor e nasce com muitas lágrimas.
(Ésquilo)

Esquilo (Elêusis, c. 525/524 a.C. – Gela, 456/455 a.C.), é o mais antigo dos poetas trágicos cuja obra chegou até nossos dias. Aristóteles sustentava que foi ele o verdadeiro criador da tragédia ática; para os atenienses, ele era uma verdadeira instituição. É reconhecido frequentemente como o pai da tragédia, e é o mais antigo dos três trágicos gregos cujas peças ainda existem. Ainda, de acordo com Aristóteles, Ésquilo (gr. Αἰσχύλος) aumentou o número de personagens usados nas peças para permitir conflitos entre eles; anteriormente, os personagens interagiam apenas com o coro.

Embora somente tragédias inéditas fossem habitualmente admitidas nos festivais de Atenas, depois da morte de Ésquilo suas obras eram frequentemente reapresentadas — às custas da pólis — e chegaram a ser premiadas várias vezes nos concursos.


BIOGRAFIA

Sabe-se de certo apenas que nasceu em -525 em Elêusis, perto de Atenas, e que morreu em -456 na Sicília, em Gela. Era provavelmente de família aristocrática e seu pai chamava-se Eufórion. Segundo a tradição (Vit. A.), lutou contra os persas em Maratona (-490) e em Salamina (-480).

Apresentou-se pela primeira vez nos concursos trágicos de Atenas em-500/-499 com um drama cujo nome hoje desconhecemos; obteve a primeira vitória em -484 e foi, posteriormente, vitorioso mais doze vezes.

Já em vida seu prestígio era grande. A tradição registra pelo menos duas e talvez três viagens à Sicília, sede de algumas das mais poderosas póleis da época, para apresentar suas peças: a primeira em -476/-475, a segunda provavelmente entre -471 e -456 e, com certeza, lá estava ele em -456, quando morreu. Seu túmulo tornou-se local de peregrinação e, em meados do século -IV, uma estátua sua foi colocada no centro do teatro de Dioniso, em Atenas.

Os testemunhos antigos atribuem a Ésquilo cerca de 90 obras, entre tragédias e dramas satíricos. Também compôs, aparentemente, elegias, peãs e epigramas.


OBRAS PARA DOWNLOAD

De toda sua obra somente sete tragédias sobreviveram, graças a uma antologia compilada na época do Imperador Adriano (76/138): Persas (-472), Sete Contra Tebas (-467), Suplicantes (c. -463), Prometeu Acorrentado (-462/-459), Agamêmnon (-458), Coéforas (-458), Eumênides (-458).

Das sete tragédias somente duas não podem ser datadas com precisão: As Suplicantes e Prometeu Acorrentado. As tragédias Agamêmnon, Coéforas e Eumênides formam uma trilogia conhecida por Oresteia e foram, obviamente, apresentadas no mesmo concurso trágico. “As tragédias da Oresteia são os mais antigos dramas com evidências claras da presença de uma edificação (a skēnē) como parte do espaço de performance.” (Sommerstein, 2008, p. xiii).

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PARA UMA INTRODUÇÃO ÀS TRAGÉDIAS GREGAS:

* LESKY, Albin – Tragedia Grega

PRINCIPAIS PEÇAS REMANESCENTES:

  1. OS PERSAS –  a mais antiga das tragédias conservadas de Ésquilo. De todas as tragédias gregas sobreviventes, esta é a única cujo enredo se baseia inteiramente em fatos históricos; é, também, a única sem personagens gregos.
  2. OS SETE CONTRA TEBAS – foi representada em Atenas pela primeira vez na primavera de-467. Sete contra Tebas, especificamente, relata a luta fratricida pelo poder entre os dois netos de Laio, Etéocles e Polinices. Após a morte de Édipo, filho de Laio, Etéocles reinava em Tebas; Polinices, inconformado, sitiou a cidade à frente de um exército argeano.
  3. ORÉSTIA (trilogia de Ésquilo) – A lenda dos atridas é relatada ao longo das três tragédias, desde a morte de Agamêmnon até a absolvição de Orestes pela morte de Clitemnestra e Egisto, os assassinos do pai.
    * Agamêmnon, a primeira peça, conta a morte do rei logo depois da queda de Troia.
    Coéforas, a segunda obra, relata a vingança do filho Orestes que a levará à cabo mesmo sendo hedionda.
    Eumênides, lida, por fim, com as cosquências dos atos de Orestes e seu julgamento.

OBRAS DE AUTORIA DUVIDOSA

  1. SUPLICANTES (tradução em inglês) – A maioria dos eruditos considerava esta tragédia, de estrutura verdadeiramente arcaica, a mais antiga de todas as que conhecemos. As cinquenta danaides, acompanhadas de Dânao, fogem do Egito para não se casar com seus cinquenta primos, os egiptíades (filhos de Egito, irmão de Dânao).Tendo chegado à Argólida, terra de Ió, sua ancestral, elas pedem refúgio a Pelasgo, rei de Argos. Depois de hesitar um pouco, o rei decide acolher Dânao e suas filhas, e expulsa um ameaçador arauto que viera reclamá-las em nome dos filhos de Egito.
  2. PROMETEU ACORRENTADO – A atribuição desta tragédia a Ésquilo tem sido contestada por vários eruditos desde o século XIX e a data de composição é igualmente incerta. Nela Zeus, rei dos deuses e dos homens, acaba de assumir o poder após a titanomaquia. Soberano despótico, manda acorrentar em um rochedo Prometeu, seu antigo aliado, culpado de muitos “crimes” em favor dos mortais: roubar o fogo dos deuses para dá-lo aos homens é apenas o mais grave dentre eles. Prometeu é, porém, guardião de importante segredo que ameaça o reinado de Zeus. Diante de sua recusa em revelá-lo, é condenado a um castigo ainda mais severo.

OBRA COMPLETA EM GREGO ORIGINAL (tradução italiana):

* MORANI, Giulia e Moreno – Tragedie e frammenti di Eschilo(1995)


Fonte do texto introdutório: greciantiga.org